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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Crônicas da Turma 811 - Profa Daiane Fagherazzi

Com o intuito de estimular a participação nas Olimpíadas de Língua Portuguesa, os alunos se envolveram, por várias semanas, na leitura e análise de crônicas. Destacamos algumas:
                                              NOBREZA
   E ali estava eu, observando, ou melhor, tendo o privilégio de apreciar aquele momento. Era um lugar comum a muitos jovens, crianças felizes...
  Uma euforia só, todos correndo atrás da bola, mesmo sem sequer, começar o jogo. Até que um gritou: “Vamos começar a peleia, gurizada!”  E assim começou o “glorioso jogo”.  Pouco irônico, pois até as goleiras eram feitas de tijolos. Mas ninguém ali estava preocupado com a luxúria, só queriam se divertir. Era uma entrega total, de corpo e alma.
  A gritaria não parava; era um pedindo a bola, outro xingando o próprio companheiro, pois era muito “fominha”. É assim que eles chamam quando o jogador não passa a bola para os outros colegas; um apelando, almejando pela falta não existente.
  Até que, do nada, uma senhora grita: “A boia já está pronta! Venham que, se demorarem, vai esfriar!” imediatamente, saíram correndo, deixando para trás a gladiadora camisa suada e a “sofrida chuteira”.
  Fiquei a observar o canto nacional deles. Daquelas faces jamais irei me esquecer. A alegria era contagiante, os olhos demonstravam que o coração pulsava de emoção e, mesmo sendo um jogo “qualquer”, percebi que não precisa de muito para contemplar essa tal felicidade. Basta apenas amar o que faz, nesse momento, no agora. Porque, no fundo, todos nós “ganhamos”! Ganhamos! Ganhamos!” a felicidade de graça. Precisa somente querer senti-la, isso sim, é a maior nobreza.      Kassiane Carvalho

Simples jogo
  E lá, naquele estádio, onde os bancos eram perfeitos, as cercas eram perfeitas, as goleiras eram perfeitas e até o gramado era perfeito, resumindo, era um estádio de primeiro mundo. De onde será que saiu tanto dinheiro para esse belíssimo estádio?
  Bom, só sei que estava ótimo. Apesar dos preços altos, eu consegui me divertir com minha família. Todos com uma vuvuzela na mão e com a bandeira do nosso timão levantada com muito orgulho.    
  E do outro lado do estádio, a torcida inimiga estava muito animada...Parecia que cada torcedor estava com um microfone e uma caixa de som ao lado. Mas isso não abalou meu eterno tricolor gaúcho. O jogo estava empatado: 1X1 nos quarenta minutos de jogo e surgiu uma oportunidade de gol. Toda torcida tricolor se levanta de suas cadeiras, passando toda alegria para os jogadores. Foi, então, que surgiu uma falta dentro da área, pronto para bater o pênalti, e a torcida vibrando ao som do apito, o jogador chuta e é “gol” no meio das pernas do “frango”do goleiro.
  E assim termina o jogo, um simples jogo, mas que transmite felicidade e emoção ao torcedor. Otávio Nunes

Fanático
  Seu Jorge, um senhor de 80 anos, fanático por futebol, gremista, já havia feito parte da formação antiga do Grêmio na sua juventude. Escutava todos os jogos do time pela rádio. Dizia que olhar os jogos pela televisão era coisa de fresco.
  Esse senhor estava muito ansioso pois Grêmio, seu amado time, iria jogar com seu rival na próxima quarta-feira. Ele até havia comprado um novo rádio, já que o antigo estava com problemas.
  Chegou o grande dia. Faltavam minutos para o começo do jogo. Jorge, com a camiseta do timão, bebendo um vinho na companhia de seu neto, esperava ansiosamente o começo do jogo. Enfim, juiz apita o início do jogo. Como o motor de um fusca em terceira marcha estava o coração de seu Jorge, batendo aceleradamente.
  Final de jogo: 1X1. Grêmio marca falta no Inter dentro de sua própria área.
  Esqueci de mencionar: Seu Jorge tinha problemas no coração ...  Alexandre

Bola de fogo
  Eram 16:30 da tarde. Tinha acabado de começar o jogo pela taça espanhola. 
    O meu time do coração olhava para a goleira com muita esperança em conquistar o troféu. O juiz apitou, e a bola começou a praticamente “dançar” pelo campo. Rolava de um lado para o outro. Faltas e impedimentos fizeram parte de muitas jogadas, os jogadores tinham o olhar em chamas para o juiz. Já os bandeirinhas tentavam justificar os erros cometidos.
  Os torcedores, com o coração na mão, esperavam por um gol que poderia, pelo menos, tirar a torcida de seus bancos quentes. Tinha também aqueles que queriam brigar com a torcida adversária, mas os homens fardados e com escudos nas mãos estavam lá para afastar as brigas.
  E, assim, o juiz apitou pela segunda vez e encerrou o primeiro tempo. As torcidas se acalmaram e os jogadores descansaram.
  Depois de quinze minutos velozes como um vento em dia de temporal, começou a partida novamente.
  O jogo ficou com o mesmo clima do primeiro tempo. A bola corria sem descanso nas pernas dos jogadores. Até que aconteceu um milagre: o goleiro estava defendendo bem até ali, mas  Xavi - o grande jogador - foi correndo com a bola para fazer o gol.  Ele lançou a bola ao amigo que estava do lado e o goleirão pegou as pernas dele. O juiz apitou: "pênalti" em cima de Xavi.
  Os torcedores do time adversário começaram a gritar, revoltados pela decisão equivocada do juiz. Os outros torcedores aclamavam o responsável pelo apito.
  Já quase, no final do jogo, o gol valia ouro e foi Messi que ficou encarregado. Todo mundo olhando para a bola como se fosse o eclipse lunar. Veio o chute. O tempo parou, de repente, e o gol do lado do goleiro Cassilas. E como eu estava perto, deu para olhar a bola pegando fogo e entrando no gol. Não sei se isso foi real, mas foi o gol que valeu o troféu.    Bryan


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