NOBREZA
E ali estava eu, observando, ou melhor, tendo o privilégio de apreciar aquele momento. Era um lugar comum a muitos jovens, crianças felizes...
E ali estava eu, observando, ou melhor, tendo o privilégio de apreciar aquele momento. Era um lugar comum a muitos jovens, crianças felizes...
Uma euforia só, todos correndo atrás da bola, mesmo sem sequer, começar o jogo. Até
que um gritou: “Vamos começar a peleia,
gurizada!” E assim começou o “glorioso jogo”. Pouco irônico, pois até as goleiras eram feitas de tijolos. Mas
ninguém ali estava preocupado com a luxúria, só queriam se divertir. Era uma entrega total, de corpo e alma.
A gritaria não parava; era um pedindo a bola, outro xingando o próprio companheiro, pois era muito “fominha”. É assim que eles chamam
quando o jogador não passa a bola para os outros colegas; um apelando, almejando
pela falta não existente.
Até que, do nada, uma senhora grita: “A boia
já está pronta! Venham que, se demorarem, vai esfriar!” imediatamente, saíram
correndo, deixando para trás a gladiadora camisa suada e a “sofrida chuteira”.
Fiquei a observar o canto nacional deles. Daquelas faces
jamais irei me esquecer. A alegria era contagiante, os olhos demonstravam que o
coração pulsava de emoção e, mesmo sendo um jogo “qualquer”, percebi que não precisa de muito para contemplar essa tal felicidade.
Basta apenas amar
o que faz, nesse momento, no
agora. Porque, no fundo, todos nós “ganhamos”! Ganhamos! Ganhamos!” a
felicidade de graça. Precisa somente querer senti-la, isso sim, é a maior
nobreza. Kassiane Carvalho
Simples jogo
E lá, naquele estádio, onde os bancos eram
perfeitos, as cercas eram perfeitas, as goleiras eram perfeitas e até o
gramado era perfeito, resumindo, era um estádio de primeiro mundo. De onde será que saiu tanto dinheiro
para esse belíssimo estádio?
Bom, só sei que estava ótimo. Apesar dos preços altos, eu
consegui me divertir com minha família. Todos com uma vuvuzela na mão e com a
bandeira do nosso timão levantada com muito orgulho.
E do outro lado do estádio, a torcida inimiga
estava muito animada...Parecia que cada torcedor estava
com um microfone e uma caixa de som ao lado. Mas isso não abalou meu eterno tricolor
gaúcho. O jogo estava empatado: 1X1 nos quarenta minutos de jogo e surgiu uma oportunidade de gol.
Toda torcida tricolor se levanta de suas cadeiras, passando toda alegria para
os jogadores. Foi, então, que surgiu uma falta dentro da área, pronto para bater o pênalti,
e a torcida vibrando ao som do apito, o jogador chuta e é “gol” no meio das pernas do “frango”do
goleiro.
E assim termina o jogo, um simples jogo, mas que
transmite felicidade e emoção ao torcedor. Otávio Nunes
Fanático
Seu Jorge, um senhor de 80 anos, fanático por futebol,
gremista, já havia feito parte da formação antiga do Grêmio na sua juventude.
Escutava todos os jogos do time pela rádio. Dizia que olhar os jogos pela televisão
era coisa de fresco.
Esse senhor estava muito ansioso pois Grêmio, seu
amado time, iria jogar com seu rival na próxima quarta-feira. Ele até havia
comprado um novo rádio, já que o antigo estava com problemas.
Chegou o grande dia. Faltavam minutos para o
começo do jogo. Jorge, com a camiseta do timão, bebendo um vinho na companhia de seu neto, esperava
ansiosamente o começo do jogo. Enfim, juiz apita o
início do jogo. Como o motor de um
fusca em terceira marcha estava o coração de seu Jorge, batendo aceleradamente.
Final de jogo: 1X1. Grêmio
marca falta no Inter dentro de sua própria área.
Esqueci de mencionar: Seu Jorge tinha
problemas no coração ... Alexandre
Bola de fogo
Eram 16:30 da tarde. Tinha acabado de começar
o jogo pela taça espanhola.
O meu time do coração olhava para a goleira com muita esperança
em conquistar o troféu. O juiz apitou, e a bola começou a praticamente “dançar” pelo campo. Rolava de
um lado para o outro. Faltas e impedimentos fizeram parte de muitas jogadas, os jogadores tinham o olhar em chamas para o juiz. Já os
bandeirinhas tentavam justificar os erros cometidos.
Os torcedores, com o coração na mão, esperavam por um gol que poderia, pelo menos, tirar a torcida de
seus bancos quentes. Tinha também aqueles que queriam brigar com a torcida
adversária, mas os homens fardados e com escudos nas mãos estavam lá para
afastar as brigas.
E, assim, o juiz apitou pela segunda vez e encerrou o
primeiro tempo. As torcidas se acalmaram e os jogadores descansaram.
Depois de quinze minutos velozes como um vento em dia de temporal, começou a partida novamente.
O jogo ficou com o mesmo clima do primeiro
tempo. A bola corria sem
descanso nas pernas dos
jogadores. Até que aconteceu um milagre: o goleiro estava defendendo bem até ali, mas Xavi - o grande jogador - foi correndo com a
bola para fazer o gol. Ele lançou
a bola ao amigo que estava do lado e o goleirão pegou as pernas dele. O juiz apitou: "pênalti" em cima de Xavi.
Os torcedores do time adversário começaram a
gritar, revoltados pela decisão equivocada do juiz. Os outros torcedores aclamavam o responsável pelo apito.
Já quase, no final do jogo, o gol
valia ouro e foi Messi que ficou
encarregado. Todo mundo olhando para a bola como se fosse o eclipse lunar. Veio o chute. O
tempo parou, de repente, e o gol do lado do goleiro Cassilas. E como eu estava perto, deu para olhar a bola pegando fogo e entrando no gol.
Não sei se isso foi real, mas foi o gol que valeu o troféu. Bryan
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